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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Da descoberta que a Terra gira em torno do Sol até o convívio com OVINIs


O teatro é uma arte que se utiliza da homem para falar dele mesmo. Uma metáfora do ser humano. De todas as artes talvez a mais humanista.  A perspectiva sensível do homem sobre o mundo é a matéria-prima que imprime uma simplicidade essencial: a figura do ator (há quem discorde). É um pouco contraditório partir do universo como tema central da construção de uma peça, tema tão factual e amplo (o maior de todos), acreditando estar no homem a essência do teatro. É da curiosidade pela descoberta, ou da capacidade de inventar que este projeto surge. Existe um começo do universo? O que aconteceu antes dele? De onde ele surge e para onde ele vai? Qual é a natureza do tempo? Chegará ele a um fim? Desde o princípio o homem busca estas e outras respostas percorrendo um longo caminho de certezas provisórias, mentiras prazerosas, políticas de poder, fé, desenvolvimento científico e técnico...  Enfim, toda teoria é crível até que se descubra o contrário. O que importa não é a verdade universal mas todas as mentiras sinceras que explicam nossa necessidade de compreender o universo. Quando Galileu prova que a Terra gira em torno do Sol e colabora com a criação da Física Moderna, ele quebra com a crença no Modelo Ptolomaico que persistia desde a Grécia Antiga. Acima de tudo, quando Galileu consegue comprovar através da observação, o modelo de Copérnico, e se livrar das esferas celestes e religiosas de Ptolomeu considerando o infinito, ele oferece ao homem a autonomia da descoberta, dando credibilidade ao seu modo de "olhar" o universo. No Renascimento surgem a figura do artista e as academias que diluem as fronteiras entre ciência e arte. A criação da perspectiva linear possibilita a reprodução da ideia de imitação da natureza, presente na Cultura Clássica. O espaço é uma experiência. A perspectiva é um pensamento sobre o espaço, e surge a partir da matemática: Uma forma de representação da realidade exterior; A representação do visível a partir de um ponto de vista individual e fixo; A produção de uma ilusão de profundidade. No momento que o homem se percebe perdido no espaço muito maior que o esperado, ele investe na sua própria inteligência, complexidade e solidão. No espaço infinito qualquer ponto pode ser considerado o centro. Leonardo da Vinci busca no "Homem Vitruviano" a relação de perfeição do corpo do ser humano com a grandiosidade do universo. O que vamos buscar? A relação desse tema com nosso dia-a-dia, dos pequenos acontecimentos às grandes coincidências. Vamos investigar, criar, inventar... As grandes teorias de conspirações envolvendo OVINIs; a aleatoriedade do horóscopo; a lua como assunto para se aproximar de alguém; ônibus espaciais; novas experiências com tempo/espaço; o nascimento de uma estrela; viagem no tempo; universos paralelos; realidade virtual; nebulosas... As associações mais humanas e sensíveis que pudermos fazer com o tema. 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Albert Einstein (1879-1955)

A ligação de Einstein com a política da bomba nuclear é bastante conhecida: ele assinou a famosa carta ao presidente Franklin Roosevelt persuadindo os Estados Unidos a assumir com seriedade a ideia, e se engajou, no pós-guerra, em esforços para a prevenção da guerra nuclear. Mas estas não eram apenas as ações isoladas de um cisentista mergulhado no universo da política. A vida de Einstein foi de fato, para usar suas próprias palavras, "dividida entre ações políticas e as equações".

Os primórdios das atividades políticas de Einstein acontecera durante a Primeira Guerra Mundial, quando ele era professor em Berlim. Angustiado pelo que percebia como desperdício de vidas humanas, envolveu-se em demonstrações antibélicas.

Sua defesa da desobediência civil e o estímulo púbico para que as pessoas recusassem o recrutamento pouco fez para que ele se tornasse benquisto entre seus pares. Depois, em seguida à guerra, ele dirigiu seus esforços para a reconciliação e o desenvolvimento das relações internacionais. Isto também não o tornou popular e em breve suas atividades políticas dificultavam suas viagens aos Estado Unidos, mesmo para fazer conferências.

A segunda grande causa de Einstein era o sionismo. Embora de descendência judaica, ele rejeitava o conceito bíblico de Deus. Entretanto, uma consciência crescente do anti-semitismo, tanto antes como durante a Primeira Guerra Mundial, levou-o gradualmente a se identificar com a comunidade judaica e, mais tarde, a se tornar defensor sincero do sionismo. Mais uma vez, a falta de popularidade não o impediu de dizer o que pensava. Suas teorias começaram a ser atacadas; uma organização anti-Einstein chegou a ser fundada. Um homem foi condenado por incitar outros a assassinarem Einstein (e pagou a ninharia de 6 dólares). Mas o cientista não se abalava: quando um livro intitulado Cem autores contra Einstein foi publicado, ele revidou: "Se estivéssemos errados, um autor apenas seria o suficiente.".

Em 1933, Hitler subiu ao poder. Einstein estava na América e declarou que não voltaria à Alemanha. Então, quando a polícia nazista invadiu sua casa e confiscou sua conta bancária, um jornal de Berlim publicou escandalosamente a seguinte manchete: "Boas notícias de Einstein: ele não vai voltar." Face à ameaça nazista, Einstein renunciou ao pacifismo e temendo que eventualmente os cientistas alemães viessem a construir a bomba nuclear, propôs que os Estado Unidos desenvolvessem a sua. Mas mesmo antes que a primeira bomba atômica fosse detonada, ele advertia publicamente sobre os perigos da guerra nuclear e propunha o controle internacional do armamento nuclear.

Durante toda sua vida, os esforços de Einstein em favor da paz provavelmente atingiram um mínimo esperado e certamente garantíram-lhe poucos amigos. Seu apoio verbal à causa sionista, entretanto, foi devidamente reconhecido em 1952, quando lhe foi oferecida a presidência de Israel. Ele recusou, alegando ser muito ingênuo politicamente. Mas talvez seu verdadeiro motivo fosse outro, citando-o mais uma vez: "As equações são mais importantes para mim porque a política é feita para o presente, ao passo que uma equação é algo para toda a eternidade."

(Retirado do livro "Uma Breve História do Tempo, do Bing Bang aos Buracos Negros" de Stephen W. Hawking)


Albert Einstein